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Bob Dylan e o Prêmio Nobel da Literatura

por Cairo Trindade dia 24-04-2019, atualizado 08-01-2023



Gostar ou não de Bob Dylan não é o caso.

Eu sempre gostei.

Mas daí a concordar com o Nobel de Literatura, em 2016, ser dado a um cantor pop, por melhor letrista que seja, é, no mínimo, uma incongruência, um disparate, um equívoco.

Muitos poetas já ganharam.

Todos com livros de poesia publicados.

Bob Dylan, não.

Lançou um único livro de prosa poética, Tarântula, escrito em 1966 e publicado em 1971 e concorreu com escritores e poetas bem melhores.

Será que não foi um prêmio político?

Aqui faço questão de dizer que há prêmios políticos no bom e no mau sentido.

Será que foi pelas posições político-filosóficas do ídolo gauche?

Neste caso, ainda se pode ponderar.

Mas e se esse Nobel foi com o propósito de buscar polêmica para chamar atenção, de se manter top na grande vitrine do mundo ocidental?

Não esqueçamos de que há uma rivalidade, uma disputa de poder, do Nobel com o Pulitzer, para manter o protagonismo.

E, neste caso, como todos sabem, no Mecanismo planetário, no Mercado, na Ordem Mundial, vale tudo para vencer.

Desde os mais baixos golpes.

O Sistema é cruel.

Tanto em países capitalistas como em países comunistas.

E Bob Dylan?

Merecia o prêmio?

Foi cooptado?

Foi engolido?

Se vendeu?

Muitos anos antes, Jean Paul Sartre rejeitou o Nobel.

Como atitude política, Marlon Brando não foi receber o Oscar.

Mandou uma índia nativa em seu lugar.

Não foi tão radical quanto Sartre, mas foi gênio como o filósofo sempre foi.

Trouxe para o centro da cena a questão da luta racial, na qual estava engajado.

Prêmios e concursos são sempre questionáveis.


@cairodeassistrindade











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